sábado, 12 de abril de 2008

A você, whoever you are


Desde o começo, não sei quem você é.

É difícil , não te alcanço, não te conheço.
Às vezes, penso ser minha culpa e que mereço ; às vezes, penso você não merecer.
Não sei se quero confiar em ti e, mesmo que quisesse, você não me deixa entrar em seu mundo.

Na calada da noite, sonho.
E em sonho, vôo, e em sonho você me diz coisas que tanto anseio ouvir, tanto que quase sinto como se real fosse , sinto forte, assim como sinto a dor física de não te ver, de ter de esconder , de ter de me esconder, de ter de fingir.


As vezes queria ser uma mosca , voar por aí, pousar em ti,e... Ah, como bom seria !
Ouvir o que nunca ouço, e te ver : ver quem nunca vejo e tampouco conheço.
Saber o que você fala, o que sente, o que pensa...
Em minha eterna neurose, imagino se você fala mal de mim pelas minhas costas, e se me trata bem apenas por conveniência.

Há coisas em você que eu odeio, outras que eu amo, mas não sei.
Porque não te conheço e, preciso admitir: às vezes te abomino, te acho manipulador, falso, irresponsável. E penso : é este tipo de homem que eu quero ao meu lado?
Seria este o eleito para viver a aventura de ter um filho comigo ?

Verdade seja dita: Já passei da idade de ter "beijar todo mundo e todo o mundo me querer bem" [acho que isso nunca existiu em minha vida].

Quem me dera poder dizer : te conheço.
Mas não seria verdade.
Se eu te amo ? O amor existe, quando o máximo que sei de ti é o seu nome e alguns detalhes "mais ou menos"?

Não apostarei em ti; tenho medo de perder.
E eu já perdi demais. E eu já sofri demais. Prefiro encarar a realidade a viver no mundo do faz-de-conta.
Deixemos a chama enfraquecer, morrer: será melhor assim.

Porque tem de ser desta forma ?
Fala tu !

Acho que nunca saberá o quanto gosto de você.
E será melhor assim.



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